O Governo do Estado repete a estratégia equivocada de fechar as atividades econômicas. O impacto poderá ser devastador.
O que se espera, nos próximos dias, é um cenário de ainda maior dificuldade. As empresas não têm mais recursos para se manter fechadas, sem faturamento.
São as empresas que geram riqueza, emprego, renda e arrecadação, promovem o bem estar social e proporcionam dignidade às pessoas. Sem atividade econômica, não há recursos públicos. O Governo Federal esgotou suas possibilidades financeiras de compensar as perdas de arrecadação do Governo do RS pelo fechamento da economia, assim como de auxiliar as empresas subsidiando redução de jornada ou suspensão de contrato de trabalho, prorrogação de recolhimento tributário, etc.
Neste momento, em que deveríamos apoiar as empresas sobreviventes, o Governo do Estado demonstra, mais uma vez, estar desconectado com a realidade socioeconômica. Não se preparou para o enfrentamento à pandemia, importou pacientes de outros Estados com a nova cepa e gastou os bilhões recebidos do Governo Federal para colocar a folha em dia em vez de investir maciçamente na estrutura hospitalar. E pior, o Governo do Estado empregou todo o seu capital político no aumento da carga tributária em meio à crise econômica, demonstrando a mais absoluta falta de empatia com milhões de gaúchos que sofrem com as restrições impostas. Não soube equilibrar saúde e economia, não atendendo nem a primeira, nem a segunda.
Como referido ao início, as empresas já esgotaram todos os recursos disponíveis, adicionando criatividade, inovação, resiliência. A única saída é o Governo do Estado se convencer, ou ser convencido, de que não pode mais sufocar a atividade econômica, sob pena de ruína da própria sociedade.